Nascemos e somos totalmente dependentes. Dependentes da mãe para tudo, dependentes de afeto, de comida, de roupa, de segurança, de proteção, de saúde. Começamos a perceber em algum momento que existe outra figura importante, a figura paterna. O bebé sente que é o ser mais especial do mundo, pelo menos do seu pequeno mundo, onde interage com as duas pessoas mais importantes para si e para sua sobrevivência.
No caminho da primeira infância, o bebé atravessa mais quatro fases fundamentais do desenvolvimento e que são os registos basilares da construção da sua personalidade. A primeira infância, definida por Freud é ainda hoje estudada e comprovada como a fase mais marcante da construção individual de cada ser humano. Este processo acontece, de forma única e pessoal, em todos os seres humanos.
A rede neuronal e emocional de cada Ser começa a gravar todos os registos de interação social com reflexo emocional, através de uma forte correlação, sendo que uma condiciona a outra, e vice-versa. Estes registos ficam, “todos”, gravados na nossa mente subconsciente e nas memórias celulares do nosso corpo, contribuindo ativamente para a construção do nosso ser individual, ditando a forma como nos vamos relacionar com o outro e connosco, nos vários contextos, ao longo da nossa vida, na inata vertente de sermos Seres Sociais.
Tudo começa nas relações, quando a qualidade das mesmas influencia a construção do nosso Eu, a construção da nossa personalidade e individualidade. Afeta diretamente as nossas escolhas para e na vida, afeta o rumo que tomamos, sendo que inconscientemente iremos sempre “tentar proteger-nos” de estar em contacto com as nossas dores, traumas, bloqueios, limitações, desenvolvidas maioritariamente na infância e proveniente da qualidade ou falta dela nas relações que tivemos.
Tudo culmina nas relações quando entendemos que, enquanto seres sociais adoecemos sós, física e mentalmente. Nesta nova tendência de as pessoas “preferirem estar sozinhas”, no resultado do desgaste de relações tóxicas, leva ao ser humano a achar que não há saída e que “nenhum ser humano” merece a pena.
Mas não é assim, pois a solução para todos os problemas da tua vida reside no mesmo lugar que o problema:
- Na qualidade das relações que alimentas e manténs ao longo da tua vida.
Nos próximos conteúdos irei explicar a importância das relações na tua vida, espero que possas acompanhar, pois são muito reveladoras e tenho a certeza que te farão trazer à consciência muitas respostas e soluções para a tua vida poder avançar e fluir.
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